segunda-feira, 14 de setembro de 2009

(III)

As relações são complicadas. Todo o tipo de relações são complicadas. Não são propriamente as relações que são complicadas mas sim as pessoas que dela fazem parte. Dizem que as pessoas complicam o que é simples. Existem uma certa verdade nisso embora as circunstâncias, o acaso e a sorte possam ter influência. Acreditamos nisso para não sentirmos o peso da responsabilidade. Atribuímos a culpa a tudo menos a nós próprios porque seria um fardo demasiado pesado para carregar. Não queremos ser responsáveis pelo mal que nos acontece. A verdade é que independentemente de tudo somos nós próprios que temos o poder de decidir, de tomar uma atitude, de seguir por este ou por aquele caminho. Não é tarefa fácil decidir o destino que muitos acreditam que já está definido. Saber se uma determinada escolha é a mais acertada. Não sabemos. Temos que acreditar que tomamos o passo correcto no sentido na nossa felicidade. É o que todos procuramos. É um caminho por vezes torturoso em que damos muitos passos para atrás mas depois há sempre um passo que nos dá alento, força para continuar essa cruzada. Um conflito gerado e travado dentro de nós. Por um lado a busca da felicidade por outro lado a responsabilidade dos nossos actos que é avalidada e criticada pela sociedade. Não vivemos sozinhos mas muitas vezes é o sentimento de solidão que nos assola de tal forma que nos sentimos perdidos no mundo. São momentos de angústia, de desassossego, melancolia e tristeza. Sentimentos que nos fazem sentir perdidos mas dos quais resultam uma introspecção profunda sobre o nosso papel nesta peça sem final definido.

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